sexta-feira, 17 de maio de 2019

FECHOU O TEMPO!

"A 'carta' apócrifa compartilhada pelo ocupante do Palácio do Planalto, divulgada nos grupos de WhatsApp, é a tentativa do sujeito de provocar uma reação popular de seus fãs, muitos dos quais, não sendo robôs, estão envergonhados com tamanha falta de rumo do desgoverno de seu mito. Sabendo pelo editorial de O Globo que o mercado quer sua cabeça e pelo MPF que o filho 01 vai sucumbir às investigações sobre seu enriquecimento fabuloso com transações imobiliárias e rachadinha de salário com assessores, laranjas e afins, o esfaqueado fake demodê usa sua segunda 'plataforma' oficial de comunicação para causar comoção no eleitorado cego, alegando complô, golpe, pressões e bicho papão comunista dentro das universidades que o impedem de governar e tirar o país do atoleiro em que outro grupo de eleitores, os do Aécio, nos colocaram desde o fim da eleição de 2014. Ora, ora, ora. O bolsa de fezes nunca teve um projeto de governo, sempre se cercou da tríade militares, neopentecostais e chicagoboys (os neoliberais olavistas), com uma campanha e quase seis meses de desgoverno assentada em mentiras, devaneios, delírios trêmulos e ódio. Muito ódio, diga-se. Quais os seus planos para a economia? Vender tudo, entregar o país para as companhias norte-americanas, sobretudo as petrolíferas. Eles todos só não contavam com a resistência, essa que vem dos jovens, dos estudantes cotistas, das mulheres, de negros e negras que todo dia perdem seis filhos, dos sindicalistas ainda que combalidos pelos fortes ataques aos sindicatos, da massa trabalhadora que, embora não organizada, sente na pele o desemprego e o aumento do gás. Essa resistência que vem até de quem bateu panela e hoje vê a ciência minguar, esses filhos de classe média que não vão mais brincar de neoliberalismo estudando em faculdade pública e gratuita. O capitão não contava com a rápida mudança de humor das elites financistas, desses caras que dão as cartas e pagam as contas das campanhas eleitorais, ainda que por debaixo dos panos. Encurralado entre essas forças e vendo ruir seu discurso contra a velha política, porque ele não sabe de jeito algum fazer política, o Mr. President vomita sua verborragia nos grupos e espera ser resgatado pela massa, vestindo camisas da CBF e fazendo arminha com as mãos. Resta saber se o híbrido de pato-paneleiro-olavista-bombadinho-homemdebem vai às ruas defender seu mito de merda!"
Samira de Castro, jornalista

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