24 de set. de 2011

COREAÚ: 141 ANOS!

  Nesta data festiva, eu queria abraçar o povo de Coreaú. Aquele que não aparece na história oficial, tampouco na bajulatória. Aquele que planta e colhe, que sofre no hospital, num eterno marasmo! Aquele que constrói a casa e o casebre no Alto São José ou na Rua São Miguel. Aquele que mora no Mota, na Feitoria, no Marfim ou na Raposa. Aquele pra quem o poder público não tem olhos. Aquele que NÃO é aplaudido. Aquele que cozinha na casa do branco. Aquele que é vítima da niguenização e tem a cara tisnada. Aquele que edifica uma obra que não aparece nos livros. Aquele que tem uma história linda. E renegada! Aquele cujo nome não é citado nas festas prefeiturais. Aquele que vive nos recantos da vida. Aquele pra quem sempre falta o cobertor oficial. Aquele que só tem valor na hora do voto. Aquele que é tratado a pontapés pelos diversos timoneiros, filhos daquelas mesmas famílias abastadas, que hoje reclamam por não estarem no poder, mas que quando lá estiveram nada construíram de diferente. Não edificaram o novo! Parabéns ao povo de Coreaú. Aquele que tem cara e coração de povo. Aquele que ri, chora, trabalha e geme sua dor, como povo que é! Aquele para quem os rapapés oficiais ou oficiosos NUNCA são direcionados! Parabéns ao povo de Coreaú, cuja dor e caxingado, cujas enxaquecas e chagas expostas não incomodam a ninguém! Um abraço, cidadãos!

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Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!