13 de nov. de 2011

DE PINGAS E PINGADOS


   Dos bares de Coreaú conheci o do sr. Josafá, do Zé Liórdio (ainda em atividade) e do Leonardo do Quico, o Lalau (que também manteve por muitos anos a famosa Discoteca). Outros, pouco frequentei. Os baristas sabem que a atividade é espinhosa. Bebida dá pouco lucro e não enrica ninguém! Sem contar os benditos canos! Mas eles persistem. Acho que bar é uma cachaça (com o perdão pelo trocadilho meio apebaiado). Mas nos bares acontecem coisas bem interessantes, que valem uma croniqueta. Mulher, futebol e política, certamente, dominam o ambiente. Tem sempre um sujeito disposto a derramar um rio Coreaú de lágrimas pela mulher amada (no que faz muito bem!).
   No bar sempre assina o ponto um poeta disposto a derramar versos nas mesas. E sempre aparece um sujeito da oposição, com os gravetos debaixo do braço, querendo desmontar a honra do prefeito, fazendo em cima dele uma providencial coivara de difamações. E sempre surge um apaniguado do alcaide, tratando de por panos mornos na discussão, trazendo pra si a tarefa (interesseira, interessada e interessante - às vezes estressante!) de zelar pelo "dono da cidade". Aparece também nos bares da vida uns sujeitos pegajosos e uns que dizem comprar o mundo todo, depois da terceira bicada. Não é difícil também topar com aquele outro que já apaixonou a metade das meninas da cidade (e é incrível como ele escolhe as mais belas e que já fazem parte dos nossos empobrecidos sonhos). Mas o sujeito, de forma implacável, desmonta nossos devaneios don juânicos, deixando-nos mais quebrados de que arroz de terceira. E aí... só virando mais uma!

  Imagem do www.globomidia.com.br

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