quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Lição da Infância

  "Eram duas crianças a brincar na praia, na manhã plena de sol.Tinham em torno de três anos e os olhos atentos das mães as vigiavam. As meninas iam e vinham da beira do mar carregando água em seus baldinhos, construindo formas na areia. Em certo momento, uma bola entrou na brincadeira. Ambas a queriam e cada qual segurou com mais força, tentando tirá-la da outra. Finalmente, Stéphanie bateu forte no rosto de Nadine e tomou a bola para si. De imediato, as mães se aproximaram. Uma, repreendendo a filha pelo mau comportamento e insistindo que ela pedisse desculpas. A outra consolando com carícias a agredida, que fazia carinha de choro. Mas não passou muito tempo e lá estavam as duas novamente na areia. Nadine, a menina que sofrera a agressão, foi a primeira a recomeçar a brincadeira. Com sua naturalidade infantil, se aproximou da outra, abaixou a cabecinha, olhou-a no rosto e perguntou: - Você ainda está muito brava comigo? Antes que a resposta saísse dos lábios de Stéphanie, lançou outra pergunta: - Quer brincar comigo? E brincaram até a noite estender seu manto de estrelas e luar sobre a Terra. * * * Bom seria se fôssemos como essas crianças, capazes de perdoar, esquecer e prosseguir juntos. Quantas vezes criamos problemas graves, de larga duração, somente pelo fato de não cedermos um milímetro do próprio orgulho. Quantos casais têm conturbado o seu relacionamento porque um não deseja perdoar o outro pela palavra agressiva, pelo gesto infeliz de grosseria. Muitas vezes, o cônjuge agressor tenta se redimir. Por sentir dificuldades de se achegar e pedir desculpas, envia flores com um bilhete, um cartão. Mas, em vez de receber o que esperava, tem devolvidos o ramalhete e o recado. Persistindo a má vontade de um, a indelicadeza do outro, desfaz-se um compromisso afetivo, gerando sérias consequências. Amizades de longos anos esmorecem por coisa nenhuma. E bastaria tão pouco. Bastaria que voltássemos à capacidade da nossa infância, quando esquecíamos à tarde a desfeita que nos fora dirigida pela manhã. * * * Você sabia que perdoar consiste em dar oportunidade a quem ofendeu de se redimir? Que o exercício do perdão exige uma boa dose de humildade e de altruísmo? Todos precisamos que nos perdoem pelas faltas de todos os dias, pelo nervosismo das respostas, pelas críticas irônicas, pelo descaso e a indiferença. Por essa razão foi que Jesus recomendou o perdão incondicional das ofensas pois também precisamos do perdão do nosso próximo."

  Fonte http://www.momento.com.br FEDERAÇÃO ESPIRÍTA DO PARANÁ.

  (Colaboração: Manuel de Jesus)

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