24 de mar. de 2012

FALOU E DISSE!

  Sinceramente. Confesso que essa briga de Cid Gomes com Luizianne Lins já encheu meu saco. Não é possível que, todos os dias, os jornais se ocupem em noticiar mensagens para os supostos campos em oposição. Cada um quer porque quer emplacar um candidato e a Cidade que se dane.
  Fico muito indignado por Fortaleza. Nossa cidade não merece tanta mesquinharia junta. Voltamos a uma política dos tempos do partido verde contra o partido encarnado. Uma discussão que não consegue avançar em termos de um projeto político-administrativo. Cada um está mais empenhado em consolidar a sua patota política.
  Fortaleza é uma megacidade. Mais que uma capital. Porém, em termos políticos se comporta como uma província. A maneira como o processo sucessório começou, me deixa preocupado. Muito limitado. Muito mesquinho.
  Por mais importante que sejam estas duas personalidades em disputa: Cid x Luizianne, Fortaleza é maior que os dois. Parece uma briga de egos inflados. Nada mais. E, sinceramente, Fortaleza não merece isso.
  Aliás, escolher um nome – se é Zeca ou Cazuca – pouco importa. Queremos compromissos com os problemas reais da Cidade. Como resolver essa situação da mobilidade urbana? Fortaleza está asfixiada. Não anda. Como melhorar a saúde que está calamitosa? As unidades hospitalares de urgência vivem clima de terror. Isso não é humano. Como enfrentar esse problema da violência? Que modelo de administração está sendo proposto? O que faremos com a educação? Vamos estimular e descentralizar o governo municipal? Ou vamos deixar que as Regionais sejam apenas cabides de empregos para os amigos dos partidos da base de apoio?
  São muitas questões sérias, graves. E ficam estes dois trocando farpas “egóicas”. Chegam a beirar o ridículo. Cuidado Luizianne e Cid. A população de Fortaleza não é trouxa. Está percebendo e registrando essa briga ridícula, que não tem nada a ver com os reais problemas da cidade. Na hora do voto na urna, não mostrem susto se o resultado fugir ao “combinado” pelos cartolas da politicagem. Fortaleza não aceita cabresto.

  (Antônio Mourão Cavalcante, no O Povo e Blogue do Eliomar)

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