quarta-feira, 14 de março de 2012

POESIA. NILTON MACIEL

DOR

Não tenho mal nenhum, senhora minha,
como se fosse puro, imaculado,
como se fosse um anjo, um serafim,
como se fosse deus, imune à dor.
 
Eu nada sinto, dor nenhuma tenho,
quer na cabeça, quer no amargo peito.
Não tenho mal nenhum, senhora minha,
perfeitamente são me sinto e puro. 
Se existe mal em mim, se existe dor,
é a de morrer tão cedo, a pleno sol,
envelhecer como qualquer mortal.

E a dor maior, minha senhora bela,

é dentro d'alma, bem profunda e aguda,
a dor chamada angústia, a dor de ser. Possessão.

Nada é meu,

nem a vida,
que é minha.

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