9 de jan. de 2015

A MOEDA E SEUS DOIS LADOS

   Partes do artigo do colunista Lelê Teles, do site Brasil 247:

  "Charlie Hebdo? Um provocador obcecado contra o islã, um jornal decadente que perdia leitores a cada ano.
  O que ele pretendia com isso?
  Hebdo sabia quem e o quê queria provocar com sua obstinada insistência.
  (...)
  O fundamentalismo islâmico, é sempre bom lembrar, é um produto do imperialismo ocidental. Os Estados Unidos alimentaram sujeitos lunáticos, inescrupulosos e sedentos por poder para combater o grande satã, o comunismo. Bin Laden nasceu daí, e disso todo mundo sabe.
  Enquanto cresciam as milícias sanguinárias, protegidas por uma falsa camada religiosa, espancando estudantes, fuzilando professores laicos, colocando as mulheres "na linha", o ocidente aplaudia. É lá, é com eles, é o efeito colateral. Melhor que termos os comunistas sentados sobre as maiores reservas de petróleo e gás do mundo.
É bom frisar que os fundamentalistas, recuso-me a chamá-los de islâmicos, não fabricam armas e que as nações "santinhas" estão a encher as burras com todo esse terror.
   (...)
  Hebdo, desculpem-me a franqueza, mas era um inocente útil. Seu jornal, que tinha os maiores chargistas do mundo, não tinha leitor, porque sua leitura obstinada, fundamentalista, estava cansativa.
Ir contra o profeta Maomé era pedir briga, não com os muçulmanos, mas com os fanáticos.
Dizer que o crime em França atentava contra a liberdade de expressão é de um lugar comum risível. (...)."

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Nem o belo logradouro escapa. Triste fim de uma gestão lastimável!