Um camarada meu diz (sempre), que um dia quer se encontrar com quem criou essa coisa de trabalhar, todos os dias, inclusive às segundas-feiras, depois de um sábado e de um domingo, o que pra ele é (desvairado) desaforo.
"Como arrancar alguém do espaço sagrado do lar, para produzir riquezas por aí?", indaga-se, boquiaberto.
Mas o dito-cujo - meu pareceiro - deixou de pensar no seguinte: quem teve o tal lampejo, vive em voos particulares, passeios gregos e até cruzeiros. Faz turismo e vive de remanso no Caribe, olhando aquelas belezas todas de lá; nos melhores hotéis e lugares luxuosos... Como vai bater de frente com um pobre operário, que vive com um salário mínimo, com o que tenta alimentar numerosa prole? É complicado hem, meu pobre companheiro de conversas vãs e trôpegas lambanças? Vamos voltar ao trabalho?
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